quarta-feira, 3 de agosto de 2011

LEI ROUANET

ATENÇÃO

A Coordenação Pedagógica do Ponto de Cultura “Via Sacra: Uma Escola de Arte”, do Grupo-GRITA, em convênio com MINC e SECMA. Convoca Artistas, Produtores culturais e lideranças comunitárias do bairro Anjo da Guarda de São Luís/Ma. para participarem de uma palestra sobre a Lei Rouanet, a ser ministrada por Elizangela Rocha Araújo, especialista em Gestão Cultural. A referida palestra atende o cronograma do Curso Gestão Cultural do Projeto citado.
DATA: 10.08.2011
HORA: 19h00 ÀS 21h00
LOCAL: Teatro Itapicuraíba

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

EDITAL PARA SELEÇÃO DE INSTRUTORES DE CARACTERIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO.

EDITAL PARA SELEÇÃO DE INSTRUTORES DE CARACTERIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO.

O Grupo Independente de Teatro Amador – GRITA, torna público, para conhecimento dos interessados, o presente EDITAL de Seleção para instrutores, nas áreas de Caracterização e Iluminação Teatral para cumprimento do Convênio nº 238/2010, Processo 599/2010 – SECMA (Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão) e Ministério da Cultura (MINC).

1       Dos candidatos

Poderão inscrever-se ao Exame de Seleção à admissão por tempo determinado para prestação de serviços de instrutores para o Grupo Independente de Teatro Amador – GRITA / Ponto de Cultura do Programa Cultural Mais Cultura, os candidatos que obedecerem aos pré-requisitos, abaixo relacionados, de acordo com o perfil, em cada uma das habilitações requeridas.

1.1   Habilitação/ Caracterização

·        Idade acima de 21 anos;
·        Experiência em Figurino, Maquiagem, Adereços e Acessórios;
·        Escolaridade mínima: ensino médio completo, cursos ou nível superior completo ou incompleto na área de Artes Cênica, Moda e/ou Bacharelado/especialização;
·        Experiência na Área de Figurino Teatral
   
1.2   Habilitação/Iluminação

·        Idade acima de 21 anos;
·        Experiência em Elaboração de Plano de Luz e Execução na área Teatral;
·        Escolaridade mínima: ensino médio completo e cursos comprovados na área teatral;

2       Da inscrição

Os candidatos deverão enviar currículo por e-mail para o seguinte endereço eletrônico: grupogrita@yahoo.com.br, até às 20h do dia 12 de Agosto de 2011. Somente serão aceitas inscrições enviadas por e-mail e ou na sede do GRITA, o remetente receberá uma confirmação de recebimento do currículo (e-mail). As comprovações exigidas neste edital deverão ser apresentadas no ato da entrevista.

3       Da Seleção
 
Serão pré-selecionados (as) até 05 profissionais para cada vaga para a fase de entrevistas. As pessoas pré-selecionadas serão entrevistadas a partir do dia 16 de agosto a partir das 15h, na sede do Grupo GRITA (Rua Mônaco, qda. 39ª, nº 06 – Anjo da Guarda). O resultado será informado via e-mail até o dia 19 de Agosto de 2011, aos candidatos selecionados. Informações adicionais sobre o processo de seleção e condições de trabalho serão fornecidas apenas aos candidatos e às candidatas pré-selecionados (as).
Será realizada em duas etapas:
•A 1ª compreende a comprovação da qualificação técnica dos candidatos através do Currículo.
• A 2ª compreende a realização de entrevista do candidato para aptidão do objeto de Seleção.
• A Comissão de Seleção será constituída por 03(três) membros indicados em conjunto pelo Grupo Independente de Teatro amador – GRITA.

4  Das vagas

As vagas para a admissão de instrutores estão abaixo relacionadas:

Modalidade
Nº de vagas
Turno
I.                 CARACTERIZAÇÃO
01
Noturno
II.              ILUMINAÇÃO
01
Noturno



5       Da Remuneração

A remuneração dos instrutores selecionados será com base na planilha orçamentária de desembolso  MINC/SECMA.
·        Valor: 720,00 (Setecentos e vinte reais), para uma carga horária de 24h/A mensal, no período de quatro (04) meses.

6       Das disposições finais
6.1 Ao inscrever-se, o candidato, aceita todos os termos do presente edital.
6.2 A constatação, a qualquer tempo, de informação falsa na ficha de inscrição ou apresentações de documentos inidôneos invalidará, a inscrição do candidato.
6.3 O prazo do Contrato será por 04 meses de acordo com contrato assinado entre o candidato selecionado, apto e admitido e o Grupo Independente de Teatro Amador – GRITA.
6.4 Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão de Seleção de Instrutores para contratação dos serviços de Caracterização e Iluminação Teatral do Grupo Independente de Teatro Amador – GRITA / Ponto de Cultura.


CIENTIFICA-SE, CUMPRA-SE E PUBLIQUI-SE.
Grupo Independente de Teatro Amador – GRITA em São Luis – MA, 12 de julho de 2011.


Maria José Lisboa Silva
Coord. Geral Grupo GRITA


segunda-feira, 18 de julho de 2011

DIVULGAÇÃO - INSCRIÇÕES CACEM

ATENÇÃO 
O Centro de Artes Cênicas do Maranhão informa:
*Abertas as inscrições para o Curso de Formação de Ator, do Centro de Artes Cênicas do Maranhão - CACEM.


* Para a realização da inscrição é necessário:
1- Apresentação do RG.
2- Ter no mínimo 17 anos
3- Ter concluido ou está concluindo o Ensino Médio
4- Ter disponibilidade de tempo à noite (segunda a sexta-feira das 18:30 às 22:00) 
5- A taxa de inscrição custa o valor de R$12,00 (doze reais)

* Para a seleção dos candidatos será realizado:
1- Entrevista
2- Teste de Leitura
3- Redação
4- Exercício de Improvisação Teatral

* Período de seleção dos candidatos de 2011.2
Inscrições Abertas durante todo o ano.
Seleção do semestre 2011.2, nos dias 02 e 03 de agosto de 2011

Maiores Informações pelos telefones:
(98) 3218-9948
(98) 8843-0177
(98) 8852-9395

domingo, 26 de junho de 2011

Deixe-se levar pela batucada de uma das lendas mais populares do Brasil

A peça “O Negrinho do Pastoreio” foi encenada pela Oigalê Cooperativa de Artistas Teatrais no dia 19 de maio, às 17h, no bairro da Praia Grande, no Centro Histórico da cidade de São Luís – MA, como parte da programação da VI Semana de Teatro no Maranhão. O grupo, criado em 1999, em Porto Alegre, já produziu oito espetáculos teatrais, dos quais três tratam sobre lendas e contos riograndenses. A Oigalê realiza periodicamente espetáculos de teatro de rua nos parques e praças, escolas e entidades, além de já ter se apresentado em nível local, nacional e internacional.

A sonoridade da voz dos atores, o figurino peculiar, os instrumentos musicais utilizados, o contato com o público... Inúmeros fatores contribuíram para trazer autenticidade à peça de teatro de rua “O Negrinho do Pastoreio”, fruto de uma adaptação livre da lenda homônima de Simões Lopes Neto.

O espetáculo inicia com uma cantiga animada que apresenta o grupo teatral aos presentes, que rapidamente começam a afluir ao local, atraídos pela cantoria. O negrinho do pastoreio é considerada a lenda mais autêntica do Rio Grande do Sul. Na adaptação feita pela companhia, conta a história de um escravo que, em decorrência de ter perdido uma corrida de cavalos, é cruelmente torturado até a morte pelo seu senhor e passa a ser conhecido como procurador das coisas perdidas. Basta apenas acender um toco de vela pro Negrinho. Se ele não achar, ninguém mais acha.

No decorrer do espetáculo, o profissionalismo do grupo ressalta as características do teatro de rua. As falas, com sotaque gaúcho carregado, são plenamente audíveis e descontraídas. A influência do circo-teatro, através das acrobacias e pernas-de-pau, e da commedia dell’art, por meio do uso de máscaras e figurinos que identificam os personagens, era visível.

O roteirista do espetáculo acertou ao desenvolver a trama de forma a manter os olhos do público ocupados enquanto outro “cenário” era construído para o ato seguinte. Destaca-se a cena na qual a virgem com seu imenso manto azul surge “de repente”, demonstrando o potencial que o figurino, além de outros acessórios, apresenta no teatro de rua para construir o cenário.

Notaram-se também o uso de códigos não verbais (mímicas) e as cores intensas do figurino como recursos para dar expressividade às cenas. Outra característica que traz originalidade à obra é a trilha sonora, que foi tocada pelos atores com diversos instrumentos, entre os quais havia itens peculiares da época que se desejava retratar.

Como o teatro de rua possui uma intenção explícita de criar encenações para ser apresentadas no espaço público, a relação entre atores e platéia se diferencia do encenado no edifício teatral. Na peça “O Negrinho do Pastoreio”, inúmeras vezes os atores interagiram com o público, assim como este interferiu no desenrolar da trama. Uma passagem engraçada aconteceu quando um dos espectadores declarou: “Mas nessa peça eles só falam de preto!”.

Tomando em consideração o contexto histórico abordado, há destaque para as temáticas da escravidão e do preconceito contra o negro, que foram representadas em diversas cenas nas quais o negrinho era espancado e humilhado. Segundo Hamilton Leite, um dos atores da Oigalê, o espetáculo pretende colocar o negrinho como um ser humano oprimido, diferentemente da lenda, que o apresenta como um coitadinho. Talvez um exemplo dessa pretensão seriam as cenas nas quais o negrinho se recusa a obedecer aos seus senhores. Contudo, essa intenção não ficou muito perceptível na apresentação.

A intervenção divina no auxílio ao negrinho, depois de ter passado por poucas e boas, demonstra a visão de que esse extrato social só pode alcançar justiça ou alívio através de uma divindade. O roteiro poderia fazer uma breve referência aos atuais preceitos democráticos que prevalecem no Brasil e que asseguram, pelo menos no papel, justiça social a todos os brasileiros.

Excetuando-se os poucos aspectos críticos discutidos anteriormente, o espetáculo “O Negrinho do Pastoreio” é uma obra rica, autêntica e representativa da cultura brasileira, que discute temáticas, infelizmente, ainda atuais, de uma forma descontraída. A metodologia de apresentação utilizada, o teatro de rua, também contribui para a originalidade da obra, assim como a trilha sonora de época produzida ao vivo pelos próprios atores.

Rodrigo Oliveira

Estudante do 6º Período do Curso de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O TEATRO COMERCIAL E O TEATRO EXPERIMENTAL

  
GIGI MOREIRA - 19.05.2011, São Luís-MA.


OFICINA DE CRÍTICA TEATRAL DA
VI SEMANA DO TEATRO NO MARANHÃO
Prof. Ferdinando Crepalde - USP/SP

O TEATRO COMERCIAL E O TEATRO EXPERIMENTAL

Entendo que as “companhias” que produzem o teatro comercial objetivam basicamente o recurso financeiro onde o produto “O espetáculo” é a fonte geradora desta transação econômica a que chamamos de “comércio”, neste sentido me parece que não há nem uma preocupação na transformação social do público que nesta situação assume apenas o papel de mercador, comprando simplesmente a sua diversão o que por outro lado e ao contrário chamaríamos de teatro experimental.
Já este último, o experimental, é praticado por “grupos” que tem um compromisso mais ideológico do ponto de vista da arte como suscitadora de uma discussão política e democrática, pode ser também visto como teatro de laboratório, de investigação ou mesmo conhecido como de vanguarda, pela sua função política e social. Atualmente este teatro encontra dificuldades para a sua sobrevivência, pois não atende as características do que chamávamos anteriormente de “o teatrão” aquele em que o público acha graça, sorri e não chora, pois o mesmo não tem a fome do direito ao acesso dos bens culturais por falta de uma política pública de cultura neste País.
De qualquer forma podemos compreender o teatro experimental como uma manifestação de liberdade contra qualquer ordem estabelecida ou qualquer preconceito, fazendo uma ruptura com a estética do teatro tradicional, vivenciando experiências mais populares, explorando as diversidades culturais, buscando uma prática de inovação e reciclagem constantes, valorizando  todo processo de produção do grupo no diz respeito a pesquisa, economia, ou seja, a todo desenvolvimento de sua própria gestão, com consciência e posicionamento sócio, político e ideológico do grupo.

terça-feira, 31 de maio de 2011

O teatro ludovicense hoje


Ao ler todos os dias os principais cadernos de “cultura” dos periódicos do jornalismo local, deparamo-nos com a presença constante de artigos, reportagens e propagandas sobre teatro. Mas qual é o teatro ludovicense contemporâneo? Um conflito entre comercial e experimental, as superproduções midiáticas capitaneadas pelas produtoras locais versus as produções de grupos universitários e/ou independentes. Essa discussão atinge praticamente todos os setores das artes e o próprio jornalismo, no qual editorial e publicidade se confundem.
No entanto a falta de representação de classe enquanto movimento tem sido um obstáculo na reivindicação dos seus direitos perante o poder público em busca de políticas eficazes que contemplem a coletividade da classe artística. Nota-se ainda a necessidade de profissionalização dos grupos, e quando usamos este termo não é para a rotulação com fins comerciais, e sim para a melhor organização destes com intuito de poder pleitear recursos financeiros por meio de editais públicos, iniciativa privada e uma proposta ainda inusitada, a sustentabilidade.     
No âmbito do teatro experimental ludovicense (Sobretudo grupos originários da UFMA, do CACEM, do IN CENA, entre outros) é visível a busca de uma consonância com as estéticas contemporâneas. Tal atitude demonstra-se positiva ao que tange uma preocupação em não limitar o teatro maranhense a tão somente aquilo que se fazia em décadas anteriores e/ou preocupações mediadas pelo capital.
Apesar disso, tem-se no quadro atual do teatro de pesquisa na ilha uma situação de paradoxo no sentido em que as mesmas linhas de pesquisas defendidas e pensadas pelos grupos de gérmen acadêmico, que deveriam permitir uma amplitude de discussão e mescla entre conteúdos trabalhados, são aquelas que limitam o desenvolvimento de estéticas próprias.
Ao mesmo tempo, passamos em São Luis por uma revolução silenciosa, na qual grupos teatrais ou mesmo estudantes preocupados em divulgar a arte fazem das representações uma forma de mostrar trabalho. Contudo ha ausência de ações que busquem um maior relacionamento com a comunidade, com intuito de transformá-los em platéia. O fazer teatral não consiste simplesmente em levar as pessoas ao teatro, mas formar um público com olhar reflexivo, que possa  fruir criticamente as representações desses grupos, atores e textos. Nesse sentido, falta-nos uma reforma efetiva no fazer educacional.

Sobre a Semana do Teatro no Maranhão, os mesmos grupos, e novos, moldam o nosso quadro artístico. O que era uma mostra passou a ser um espaço de discussão, com suas peculiaridades, no qual os envolvidos com o teatro no estado do Maranhão se preocupem não apenas em apresentar os trabalhos, mas, sobretudo, levar o público a pensar. E é isso que o teatro quer: manter essa relação amorosa entre a produção teatral e o público.  Assim, a revolução toma o seu verdadeiro significado, o de quebrar barreiras e fazer com que o poder reflexivo seja a base daqueles que vivem da arte.

Almir Pacheco
Ana Júlia Martins
Cíntia Pessoa
Cleyton de Sousa
Diêgo Rabêlo
Gigi Moreira
Jacqueline Lemos
Janailton Santos
Leury Monteiro
Rodrigo França
Tacylla Passos
Victor Hugo Raposo.
Waldir Fernandes